Um novo estudo científico confirmou que falar dois ou mais idiomas melhora a memória e atrasa demências. Sobre isso, falei para a revista capixaba Viver deste mês. Confira na imagem abaixo ou no texto a seguir.
Estudar línguas para adiar demências
Prevenção de Alzhaimer e melhoria da memória estão entre os benefícios
Pesquisa publicada em dezembro em revista internacional de saúde confirmou estudos anteriores indicativos de que falar dois ou mais idiomas melhora a memória e atrasa vários tipos de demência por, em média, quatro a cinco anos – inclusive o Mal de Alzhaimer.
Há consenso entre neurocientistas e linguistas quanto aos benefícios do aprendizado e do uso de línguas estrangeiras para a saúde mental. Já foi comprovado que pessoas bilíngues demoram mais para apresentarem sintomas de demência.
Agora, o que as pesquisas têm buscado é compreender como e porquê esse processo de degeneração cognitiva e neural é retardado.
No estudo publicado em dezembro na revista Wolters Kluwer Health, os pesquisadores Daniela Perani e Jubin Abutalebi, da universidade italiana San Raffaele, apontam que é devido ao forte exercício de controle e atenção realizado pelo cérebro daqueles que lidam diariamente com mais do que um idioma.
Esse “exercício” constante aumentaria a densidade da substância cinzenta e branca do cérebro, provendo uma reserva neural ao indivíduo bilíngue ou multilíngue.
“Podemos concluir então que estudar uma nova língua e praticá-la com frequência é também um investimento em qualidade de vida”, afirma Bartira Zanotelli, que é professora de francês em Cachoeiro desde o ano passado.
A especialista, que tem mestrado em Linguística Aplicada à Tradução realizado na França, acrescenta: “Já tive vários alunos idosos que, tendo estudado francês na infância, facilmente recuperaram o conhecimento da língua. Além do prazer de voltar a estudar com objetivos culturais, eles ficam motivados em não deixar a mente parada.”
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